Crítica Estruturada do Trabalho de Luz e Sombra

    Crítica 1

 

Ainda que a coloração não esteja preta e branca, o trabalho com a sombra do papel é bem feito na primeira foto, que dialoga muito bem com a segunda (ainda que a mesma trabalhe menos as sombras). Ambas são tiradas do mesmo ângulo em objetos diferentes, enquanto a primeira trabalha de dentro do papel com a luz entrando no centro, a outra trabalha de fora, com o próprio papel tampando a maior parte da luz. Acredito que é esse o ponto que podia ter sido melhor trabalhado na dupla de imagens, sinto falta do trabalho de luz em sombra na segunda foto. À semelhança do ângulo entre as duas imagens passa uma ideia de que uma pode ser a antítese da outra, mas isso não acontece justamente pela falta do trabalho com a sombra e a luz na segunda peça.

A terceira foto já vem com outra ideia de ângulo, porém, assim como na primeira peça, encaixa a câmera na perspectiva de dentro do papel, mas dessa vez em ângulo horizontal e apontando seu centro para o próprio objeto, dessa forma, trabalha um pouco mais com a sombra do papel, ainda que não de forma completa.

Em nenhuma das três fotos houve algum mistério em relação ao objeto, de forma que o papel é sempre mostrado como centro do tema. Ainda que a primeira carregue uma predominância do escuro, não é difícil notar que se trata de um estudo de papel como objeto para fotografia. Isso não é, de forma alguma, um problema ou incômodo dentro do trabalho, porém, em questão de expressividade, sinto falta de um trabalho maior com o mistério das luzes e sombras.


Crítica 2

Como segunda crítica, decidi comentar um dos meus trabalhos favoritos entre todos.

Impressionante pensar nas fotos como um trabalho feito a partir de papel de folha sulfite, pois a textura do objeto é muito bem trabalhada em todas as fotos. Entretanto, a expressividade tão bem feita das texturas empregadas do projeto me parece quebrada na segunda foto, que tem exposta a folha de papel que foi trabalhada na textura, quebrando um pouco do mistério que é muito bem empregado nas outras duas. Ainda assim, a segunda peça entrega um ótimo trabalho de luz e sombra, mostrando o objeto do lado externo com um degradê de sombreado a partir das dobras.

Mais uma vez, entre a primeira e terceira foto, há uma relação de antítese. Ainda que ambas trabalhem com texturas diferentes com as dobras, ambas trabalham com o mesmo ângulo e perspectiva: de dentro do papel em tubo. Todavia, enquanto a primeira fuga para a luz no centro, a segunda fuga para a escuridão.

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