IA, Chat GPT e o Ambiente dos Dominado(re)s

 Após a leitura do texto Animação Cultural, de Vilém Flusser, o caráter metafórico de uma revolução dos objetos pode ser relacionado diretamente ao mundo hodierno, no qual a sociedade humana vive rodeada de objetos, como sempre foi, mas convive com um novo ambiente sob o qual tem falso controle: O ambiente virtual.

    Relacionando com a análise do documentário americano “O dilema das redes” e o texto “A falsa promessa do Chat GPT”, fica claro o ponto de vista dos autores de uma sociedade que vive em um espaço conflituoso do humano-natural com o artificial. A ótica não revela um conflito de interesses, como no texto de Flusser, mas sim um conflito de dominância. Os responsáveis pelas inteligências artificiais são as próprias mentes humanas trabalhando a favor de grandes corporações detentoras de dados. Todavia, a dominância digital dada pela autonomia das máquinas é notável.

Descreve-se, portanto, uma sociedade de dominadores e dominados, com uma entidade virtual inserida entre esses dois elementos. O mais interessante: os dominadores nada mais são que seres humanos que vivem uma falsa ideia de liberdade, os detentores do algoritmo, que são reféns do próprio. 

Quando se fala de uma Inteligência Artificial, como o Chat GPT ou o Dall-E (gerador de imagens), é notável que o termo “inteligência” se trata de uma cortina de fumaça para a realidade da máquina, um banco de dados. Isso torna o artificial incomparável ao humano. No fundo, o artificial é criado para reunir o conhecimento humano de forma exponencial, se tornando, na verdade, um espelho, uma máquina programada para reunir o que a humanidade já reuniu e usar como uma espécie de fonte de conhecimento fajuta, construída por sinapses que ligam dados e mais dados, sem a menor capacidade criativa para criar explicações, dependente das correlações abruptas entre dados.


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